domingo, 14 de janeiro de 2024

Feridas

 Na distância de um abraço

Traduzo tudo o que passo,

Mergulhado em solidão.

Busco o consolo na dor,

Fingindo o mesmo amor

Pra quem não gosta de mim.

E assim eu levo a vida

Pra cicatrizar feridas...

Somente as mãos do tempo.


Dom da Palavra!

 Muito aprecio a escrita

Mas, os que falam bonito

Admiro com fervor.

Quem tem o dom da palavra,

Não tem gente que não gaba

O bom interlocutor,

Eu gosto muito de ouvir

Quem do nada, faz surgir

Um assunto interessante;

E em poucos argumentos

Faz até gente birrenta

Por um momento sorrir.


Despertar do Sorriso

 Eu penso que nessa vida

Nem tudo é colorido

Como deveria ser...

No despertar do sorriso,

Muitas vezes é preciso

Uma lágrima rolar.

A tal de felicidade 

Brotou numa encruzilhada

Onde a tristeza morreu.

E assim conto meus dias,

As vezes pela alegria

Que brotou da solidão.

sábado, 3 de dezembro de 2022

Até a morte...

Eu penso que nessa vida.
Tem estrelas coloridas
Brilhando em algum lugar;
No sorriso da criança que
Faz brotar esperanças no âmbito
De nosso lar.
No amanhecer de um dia,
Quando pássaros em sinfonia
Anunciam em seu cantar
Que a vida continua...
Com espasmos ela flutua
Até a morte nos levar.

 

Isso é amor?

As vezes um vazio imenso
Tal qual, sem sua presença
Denota martírio e dor.
É um sentimento que ofusca,
Se mistura com angústia
Será que isso é Amor?

 

Delírios

Será que existe sentido
Dizer que além da vida,
Ainda existe amor.
Ou, são delírios do poeta
Que a própria dor interpreta
Sucumbindo de emoção.

 

Na marcha do esquecimento

É uma saudade discreta
Mas que me deixa inquieto,
Se mergulho nas lembranças.
 
E pra fugir da tristeza
Me lanço na tirolesa
Que vive a embalar o tempo.
 
E revivo na memória
Um pouco da minha história
Na marcha do esquecimento.