Sem motivos pra sorrir
E sem lágrimas pra chorar;
Vejo meu sonho emergir
Nas ondas turvas mar.
E num silêncio profundo
Fujo das dores da vida;
Lanço as flores ao mundo
Na mais sedenta investida.
Quero me sentir risonho
Quando for fim vier os frutos;
E nem as nuvens medonhas
Hão de apagar o meu vulto.
Nem que, ao seguir minha estrada
Se vou no meu lamento,
Mesmo ao encontro do nada
Sigo o destino do VENTO.